Tuesday, 26 April 2011

Depois dizem que viver em sociedade é difícil. Humpff! Pior é ter que lidar com nós mesmos, nossos medos, preconceitos e ações. Os vilões que moram fora da gente obedecem a perfis, estereótipos, é fácil definir o hipócrita, a mentirosa, o tolo, a calculista. Mas as muitas Julias aqui dentro de debatem, esbarram-se, discutem e não chegam a um consenso, a uma definição do meu lado, digamos, encoberto. Não sou a malvada por ter pensamentos maus, não sou genial por chegar a essa conclusão; só sei que o mais difícil que há é mergulhar dentro da gente e enfrentar a nós mesmos.... Os nossos bandidos, os nossos kuravas...

Saturday, 29 January 2011

Por sinal, isso é lindo de morrer

Rosas das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.

Rosa de beldad' e de parecer
e Fror d'alegria e de prazer,
Dona en mui piadosa seer,
Sennor en toller coitas e doores.
Rosa das rosas e Fror das frores...

Atal Sennor dev' ome muit' amar,
que de todo mal o pode guardar;
e pode-ll' os peccados perdõar,
que faz no mundo per maos sabores.
Rosa das rosas e Fror das frores...

Devemo-la muit' amar e servir,
ca punna de nos guardar de falir;
des i dos erros nos faz repentir,
que nos fazemos come pecadores.
Rosa das rosas e Fror das frores...

Esta dona que tenno por Sennor
e de que quero seer trobador,
se eu per ren poss' aver seu amor,
dou ao demo os outros amores.
Rosa das rosas e Fror das frores...

Prestes a fazer uma loucura, em cerca de dez dias. Mas um loucura daquelas boas, daquelas que ao mínimo entrarão na minha biografia. Ansiosíssima, não sabendo o que esperar, mas com a certeza(lá no fundo) que terei bons momentos.
(Ansiosíssima nada, há algo maior do que esse superlativo? Meu coração tá pulando pra fora da boca).
Os medos e as vergonhas voltam, mas quer saber de uma coisa? Arriscar-me-ei, pela primeira vez nessa vidinha medíocre, por algo que pode sim valer muito a pena.
(é impressão minha ou eu usei mesóclise?)
Ou não. Não estou naquele dilema do "dúvida mata?". Não, tenho dúvidas, mas são irrelevantes. Creio que a essa altura já descobri que a gente escolhe nossas ações e resultados. Não existe fugir ao controle, não existe 'não foi intenção minha'. Nós somos responsáveis por tudo o que cativamos. Porém também somos responsáveis por sermos cativados.

Monday, 24 January 2011

Divino.

http://www.youtube.com/watch?v=4U4EIIEYcZg&feature=player_embedded

Sunday, 23 January 2011

Mais uma noite sem dormir, sem sequer fechar os olhos. Centenas de confusos sentimentos me assaltam a mente, me atormentam o juízo e a clareza de sentimentos. Cometi, de ontem para hoje, um grande erro, do qual não me orgulho nem ouso dizer. Foi um ato velado, solitário, invasivo, e talvez não possuindo a dada significância que agora atribuo, porém de uma má-fé inadimissível.
Ao menos consegui terminar de ler meu livro, mesmo depois de ser interrompida por um sonolento e raivoso pai às 4:15 da manhã me mandando ir dormir. Creio que seja por causa do livro que estou mais poética agora do que há 4 horas.
mas continuo com medo das minhas ações, e do meu revidar à vida. Com vontade de inventar uma parábola com bichinhos que resuma toda a existência humana(céus, que vontade besta! creio que há muito já deveria ter desistido da minha imaginação e do meu sentido figurado!).
Li uma boa citação no livro que acabo de terminar: "Só pense no passado se as lembranças forem boas".
Isso só me faz lembrar "Não lembre de um elefante rosa"

Droga, preciso me animar. Daqui a pouco saio pra assistir um concerto, espero não cochilar de cansada.
Preciso sorrir !

Saturday, 22 January 2011

Dilema de ano novo


Encontro-me em um dilema estranho, que já experimentei antes, porém continuo sem saber lidar. É um dilema que sintetiza-se em uma única pergunta: Seria melhor se nós conseguissemos nos esquecer de nossos erros? Se pudessemos simplesmente apagá-los de nossa mente, viveríamos melhor?
De um lado, existe o raciocínio do "experiência, para não errarmos novamente"; porém do outro resta a dor que estas lembranças causam.
Já errei um bocado, e erros em número surpreendente para idade e vivência que acumulei até agora. Vivi mais do que devia, tive que lidar com situações que normalmente meninas da minha idade não têm que lidar. Já violei intimidade alheia; assim como violo a minha própria, quando conto a estranhos e conhecidos dilemas e questões da minha vida. Segredos não sei guardar, e os erros que detonaram essa minha língua frívola não me servem de experiência, e sim de vergonha.
Nos últimos meses errei, deixei-me levar pela minha vaidade, deixei-me entreter com charmes baratos. Fiz coisas ruins, percebendo, porém não me dando a certa conta do alto risco danoso das consequências. Me deixei levar pela vontade, por não saber dizer não, por ver em alguém que me elogia uma desesperada necessidade de sucumbir. Me envolvi com pessoas erradas, pessoas certas, não dei o devido valor a mim mesma.
Acontece que viver é realmente algo complicado; e mesmo a consciência disso não me leva a nada. Não posso apagar meus erros, talvez só me resta ignorá-los.
Seria eu apenas uma tola, uma estúpida? Ou apenas alguém em processo de aprendizado?
Como julgar a mim mesma?
Como não me importar com julgamentos alheios?
A Julia que como já me disseram, é metade menina, e metade mulher, acaba de descobrir que não sabe as situações em que deve ser ou uma ou outra destas facetas. É a menina que precisa de aprovação ou a mulher que necessita de atenção? É aquela que passa longos espaços de tempo se olhando no espelho e fantasiando situações, ou aquela que fica calada quando é a hora de sua voz ser ouvida?
Já tentei renascer da minha própria fênix; assim como já tentei matar de vez essa fênix a pedradas. Já tentei ocultar minha personalidade sob um manto de mentiras; já fiz da verdade motivo de inveja e raiva. Já senti ambos os lados da balança; Já amei e fui amada, já tentei e fui tentada. Já quis morrer por alguém; e já quiseram morrer por mim.
Isso antes da eminente maioridade que se aproxima; faço 18 anos em 18 dias. Escrevi o conjunto de metas para o ano novo mais longo da minha vida, entretanto passei janeiro com a bunda na frente de um laptop temperamental baixando música, fuxicando a vida dos outros e falando com alguém que anda me animando (muito), mas não me nutre nenhuma certeza ( e talvez não deva: sou muito cheia de problemas de difícil entendimento ).
São 4 horas da manhã, e a música não baixa, e o ponteiro não roda, e a vida não passa, e eu sou a mesma garota que tento esconder e reprimir.
Esconder e reprimir me expondo ao máximo.
A vida é uma caixinha de surpresas emperrada que já está começando a me encher o saco.

Monday, 1 November 2010

Eu não presto!