Tuesday 29 June 2010

E lucevan le stelle,
e olezzava la terra
stridea l'uscio dell'orto,
e un passo sfiorava la rena.
Entrava ella, fragrante,
mi cadea fra le braccia.
Oh! dolci baci, o languide carezze,
mentr'io fremente le belle forme discogliea dai veli!
Svani per sempre il sogno mio d'amore...
L'ora e fuggita e muoio disperato!
E non ho amato mai tanto la vita!

Isso é lindo. Demais.

Espero não ter que dizer isso um dia em tal situação : Nunca amei tanto a vida!
Mas creio que a gente de fato só valoriza quando perde.

Thursday 24 June 2010

Teia.


Viver é engraçado. Quando somos muito otimistas, acontece algo que nos põe no chão, e nos faz repensar um mundo de ações. Quando pessimistas, alguém aparece, nos dá um tabefe nas ideias e nos faz ver o lado bom da vida. Lado bom? Afinal, existe lado bom e ruim da vida?
Até agora só percebi que tudo depende do ponto de vista. Nesses meus últimos meses de vida pensei tanta coisa, senti tanta coisa, temi tanta coisa.... Vem sendo um inferno. Digamos que não estou conseguindo controlá-la, a vida. Sinto perder pessoas importantes ( ou que eu pelo menos considero), as situações fugindo ao meu alcance, Minha baixa-estima sempre constante, minhas crises e pitis mais frequentes do que o normal.
Passei minha vida inteira esperando meus dezoito anos, porque 'ah, aí sim serei dona da minha vida!'. Tecnicamente, creio que passei minha vida inteira a espera do meu ano seguinte. Entrava numa escola, tentava ser alguém legal, tentava ter amigos e me enquadrar em alguma( qualquer ) realidade que fosse, não conseguia, ano que vem tento de novo, em outra escola, serei uma nova Julia. Bom, oito escolas depois cheguei a conclusão de que isso não funciona. Acho que é por isso que estagnei no Tamandaré nesses dois últimos anos e meio.
Sem a alternativa das escolas, transferi a responsabilidade da minha maturidade e entrosamento social à minha idade. Canso de encontrar papéis e versos de agenda com 'lista de metas'.
Julia tantos anos: e uma descrição da personalidade.
Fala sério, eu de fato queria ( e o pior, ainda quero ) mudar a minha personalidade por medo de rejeição?
Sou tão covarde assim?
Claro que todos sentem essa vontade, pelo menos uma vez na vida, mas isso tem se tornado tão frequente... a vontade de voltar no dia 10/02/1993 e fazer tudo de novo. Tudo. Claro que com a cabeça que tenho hoje. Melhor, com a cabeça que eu terei no dia que morrer. Talvez com essa mentalidade eu não queira mudar nada, sei que tudo que acontece na minha vida molda meu caráter e a minha(maldita) personalidade, tão instável, tão frágil, tão forte.
Não estou aguentando ver o rumo que minha vida tem tomado. Estou na porta da maioridade e não consigo ver saída! Faculdade? Amizades? Poder encher a cara e fumar a vontade sem ter que ver a cara feia dos meus pais?
Isso não é nada! Quero, sim, mais que tudo meu espaço, minha casa, meus filhos, meu emprego, ter que ficar limpando fralda de criança e pagando conta vencida. Talvez porque eu ache que aí sim eu serei dona da minha vida. Meus conflitos serão meus conflitos, só eu poderei resolver. É mal da adolescência achar que todos têm a capacidade de nos entenderem, e não o fazem porque não querem. Mentira.
Descobri também que não sei guardar segredos. Descobri que tenho vergonha de mim mesma, em todos os aspectos.
Descobri que não tenho o menor controle sobre os meus atos, nunca tive, nunca terei, nem sobre os meus atos nem sobre os dos outros. É um desenrolar infinito, imutável, já determinado por Deus muito antes de sabermos quem somos. É uma teia de Penélope.
Droga, a vida não veio com manual de instruções.

Wednesday 2 June 2010

CAP1

"Não adiantava mais fugir, e ela sabia disso, tentou esquecer, mas não conseguia, estava tudo tão latente dentro de seu peito que apressou seu passo como se isso pudesse atenuar aquela dor. Mas isso só agitou o que sentia, como se sua dor estivesse lembrando-a de que não a abandonaria tão cedo, e que estava viva assim como ela respirava e andava rápido. Fechando os olhos para tentar fazer esse passado tão recente se dissolver, tropeçou e caiu por sobre os ombros de um homem que passava.
-Desculpe-me – disse ela, tentando não olha-lo. Percebeu nele um ar de riso, como o de uma mãe ao ver seu filhote dar os primeiros passos e levar os primeiros tombos.
-Você está bem? – perguntou o homem, abaixando-se para apanhar os livros que Marjorie carregava. Nem se lembrava mais deles, ela pensou, recebendo agradecida e ainda olhando pro chão.- Você não parece bem. Parece... aturdida.
Levantando o rosto ela o viu. Era mais velho do que ela cerca de dez anos, usava óculos, e apesar de ainda jovem já tinha os cabelos grisalhos. Alguma coisa nele a acalmou, talvez o leve sorriso enviesado, o olhar profundo mas carregado de uma compaixão que a acalentou como poucas coisas na vida nos fazem sentir melhor.
-Não... Estou melhor. Obrigada.
-Não há de quê, só creio que deveria se recompor antes de seguir seu caminho, do contrário vai sair esbarrando em todo mundo – riu, secando uma lágrima que escorria no rosto da jovem.
Ela se assustou com esse toque repentino, mas estava cada vez mais a vontade com esse estranho desconhecido. Riu também, tímida, ajeitando a alça da bolsa e olhando-o nos olhos. Sentiu uma momentânea vergonha de suas lágrimas, seu cabelo desarrumado pelo vento, de sua tristeza, do seu ar infantil.
-Sou Pedro. E você seria a....
-Mar.. Mariana.
-Mariana. Nome bonito. Gostaria de entrar...? Pelo menos até você se sentir melhor – apontou para um bar que piscava próximo a eles. -Por minha conta.
A menina assentiu, porém ao segui-lo hesitou um pouco; não o conhecia, será que era seguro? Lembrou-se do olhar que ela a lançara, e piscando para si mesma, passou pela porta que Pedro abrira. A luz do bar cegou-a por alguns instantes, apesar do ambiente estar precariamente iluminado, mas em segundos conseguiu se situar e se dirigiu para uma mesa próxima.
O lugar era aconchegante, parecendo um daqueles pubs irlandeses que ela vira uma vez numa revista de viagens. Era apenas mais sujo, ela riu, enquanto Pedro sentava-se e acenava para o barman mal encarado que secava um copo com um pano encardido. Que lugar clichê, pensou, sorrindo novamente.
-Ah, te vejo bem melhor, até rindo está!- disse Pedro. - Sim, me traga um chope e você.... creio que ainda não tenha idade suficiente. Um suco, um refrigerante?
-Uma água.
O barman afastou-se murmurando enfezado. Marjorie riu novamente.
-Melhor? – Perguntou Pedro, também rindo da cena.
-Bem melhor. Você vem sempre nesse lugar aqui?
-Primeira vez. Sempre passo por aqui, mas nunca tinha entrado.- Suspirou, olhando em volta. Ele tinha duas argolas na orelha, e uma tatuagem no pulso, num idioma que Marjorie não conseguiu identificar. Ele a analisava por cima do óculos, e ela novamente se sentiu criança, e agora, nua. Percebeu que ele a despia de todos os medos e receios que ela própria se cobria,e que ele verdadeiramente a via, como ela realmente era. Era uma vulnerabilidade prazerosa, sentiu que podia sim confiar naquele estranho, mesmo que só o visse naquela vez.-Então... Conte-me. Por que choravas?
-Magoei uma pessoa.
-Só?
-Só? É o pior que poderia ter feito!
-Magoar os outros é inevitável, desde que não seja proposital. Vejo que não foi, ou então a menina aqui não estaria de debulhando em lágrimas como estava. Como e quem você magoou?
-Um... Amigo. Confundi meus sentimentos e tratei-o da forma errada, dei esperanças a uma coisa que não tinha futuro, e perdi uma amizade que tanto prezo.
-Ah, a juventude... – Pedro suspirou novamente. – As vezes cansa, não? São situações que causamos e não tem nada que podemos culpar senão nossa própria falta de experiências. Vejo que você sabe muito e tem grandes sonhos, mas não sabe o exato momento de pô-los em prática. Amigo de muito tempo?
-Uma vida toda.
-Então creio que não seja tanto tempo assim, você é jovem por demais, nem beber pode! Aliás, nosso pedido está demorando – disse olhando por cima dos ombros, procurando o incompetente homem que continuava a secar os copos prestando atenção na conversa deles. Ela começou a reparar nas outras pessoas que estavam por lá: um casal de senhores encardidos a um canto, que pareciam estar ali há horas; uma mulher melancólica no fundo do salão, que soluçava, mexendo num colar de pérolas sobre a mesa; um punk que comia um hambúrguer o qual Marjorie tinha certeza que ela mesma nunca ousaria comer. Era o lugar mais clichê que já estivera. - Mas conte-me sobre você. Quem é você?
-Mariana..
-Não, não perguntei seu nome. Marianas existem muitas. Você é única. Quem é você?
-Eu... Eu não sei responder.
-Claro que não sabe. Ninguém sabe. Acho que nem mesmo Deus conseguiria definir a si mesmo.
Marjorie reparou novamente na tatuagem, enquanto Pedro brincava com o paliteiro entre os dedos. O que significava aquelas letras? Percebeu que não eram letras, e sim símbolos. Viu o símbolo do homem e da mulher...
-São planetas.
-Ah sim - sentiu-se constrangida. Ele a fitava novamente, e ela sentiu que ele queria dizer algo com aquele olhar. Marjorie sabia o que ele queria dizer, mas não admitia. Pensou "que cara safado!" mas não desviou o olhar, pelo primeiro instante. Gostou de se sentir desejada. Quem era aquele estranho e por que estava nela fazendo nascer vontades tão confusas? O tempo parecia parado, imóvel. Era uma sensação ótima, ver aqueles olhos verdes encarando-a naquele ambiente quase que épico. Não importavam-lhe os minutos que se passavam, ela era imortal, poderia ficar ali eternamente. Sentia-se mulher, pela primeira vez. Ela era alguém que poderia dirigir a própria vida, os próprios instintos.
-Tenho uma proposta para te fazer - falou Pedro, despertando-a. Vejo que você já está melhor, nem parece a mesma menina que encontrei chorando. Venha para minha casa, é aqui perto. Não vou lhe fazer nenhum mal. Sei que se eu fosse lhe fazer algum eu também diria que não, mas confie em mim. Não vou lhe fazer nenhum mal.
-Acredito em você. Meu medo não seria o que você pode fazer, mas sim o que eu posso fazer.
-E o que você pode vir a fazer?
-Não sei.- Marjorie inspirou fundo.- Vamos.
-Vamos.
Levantaram-se, e enquanto ela recolhia os livros, Pedro explicava ao barman malvado que estavam cancelando o pedido. Ele abriu a porta para sairem, e disse:
-Olhe o lugar pela última vez.
Saíram. Ela não entendeu o pedido, mas encarou a porta que se fechava lenta e ruidosamente e sentiu que seria a última vez que olharia para aquelas pessoas. Estranho. Pedro ofereceu-lhe a mão e sairam andando, não rápido nem devagar, e desceram a rua como um casal de namorados. O tempo ainda se movia vagarosamente, e ela se sentia mais velha, mais experiente, mais forte.
-É aqui.
Pararam em frente a um casarão antigo, com uma grade enferrujada e cheia de hera. Ele abriu o portão, que rangeu assustadoramente, mas não abalou a curiosidade que ela sentia de saber como era o ninho daquele estranho pássaro. Era um sobrado do início do século, que parecia não só à deriva do tempo e das pessoas, mas erguia-se como um portal para alguma coisa que Marjorie ainda não conseguia definir. Entrou seguida daquele estranho homem que passou e trancou a porta."

Tuesday 1 June 2010

Judeus X Israel X Palestina X Ajuda Humanitária X Verdade


CRIMES, CRIMES, CRIMES, CRIMES, CRIMES, CRIMES, CRIMES, CRIMES, CRIMES.

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4463163-EI308,00-Israel+eleva+violencia+na+regiao+e+gera+criticas+de+paises.html

Israel eleva violência na região e gera críticas de países
01 de junho de 2010 16h32

O ataque de Israel em águas internacionais à frota de navios que levava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza gerou críticas de diversas nações e fez aumentar o nível de violência na região. Nesta quinta-feira, ao menos cinco palestinos foram mortos em ataques realizados por soldados israelenses.

Enquanto as Nações Unidas condenavam o ataque de ontem, no qual soldados israelenses mataram ao menos nove ativistas internacionais e feriram outras dezenas, Israel começava as deportações das centenas de presos e os milicianos palestinos tratavam de vingar às vítimas da abordagem.

Pela manhã, dois palestinos foram mortos por tropas israelenses em um tiroteio quando tentavam entrar em Israel burlando os postos de check up na altura da localidade de Khan Yunes, informaram o Exército israelense e testemunhas.

Horas mais tarde outros palestinos morreram em um ataque aéreo israelense quando se preparavam para lançar foguetes contra o território judeu a partir do norte da faixa.

A alta da violência foi motivada pelo ataque israelense ontem a uma frota de navios carregada com ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

Os navios estavam em águas internacionais quando foram atacados por uma unidade de elite israelense. Ao menos nove ativistas, em sua maioria turcos, morreram na operação que recebeu críticas da maior parte da comunidade internacional.

Críticas rejeitadas esta tarde pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que deixou claro que continuará com o bloqueio a Gaza "por terra, ar e mar", apesar do Conselho de Segurança da ONU ter solicitado hoje o seu levantamento.

"É certo que há pressão internacional e críticas a esta política, mas o mundo deve entender que ela é crucial para preservar a segurança de Israel e o direito do Estado Judeu de defender a si próprio", disse o primeiro-ministro, horas após visitar os soldados feridos no hospital.

Israel segue sem identificar oficialmente os mortos, embora um funcionário do Ministério de Exteriores adiantou à Agência Efe que a maioria são cidadãos turcos.

O Ministério de Exteriores da Turquia anunciou que as autoridades de Israel comunicaram ao país que ao menos quatro dos seus cidadãos morreram.

O Exército israelense também mantém confiscadas as gravações de vídeo, câmaras de fotos e os telefones dos ativistas que viajavam na frota humanitária.

Por isso os únicos testemunhos visuais do ataque correspondem ao Exército israelense, que os editou e divulgou à imprensa. No entanto, alguns ativistas e meios de comunicação presentes nas embarcações conseguiram enviar algumas imagens sobre os momentos posteriores.

O Exército israelense justifica o confisco dizendo que desconhece "o que há nesses instrumentos" e que no passado encontrou "câmaras utilizadas para esconder bombas".

Enquanto isso começaram as deportações dos ativistas, cerca de meia centena, que aceitaram assinar um documento de repatriação voluntária pelo que renunciam o direito de apelação perante a justiça israelense.

Uma minoria perto dos 600 ativistas detidos que rejeitam assinar a chamada "folha de expulsão". Parte dele foi transferida para uma prisão na cidade de Beer-Sheva, no sul do país.

Abderraman Saidi, funcionário do Governo da Argélia, disse também que 124 cidadãos de países árabes que integravam a frota foram libertados na última hora e se dirigem para a Jordânia.

Entre os libertados se encontram, além de argelinos, cidadãos kuwaitianos, jordanianos e libaneses, segundo o coordenador, que também é presidente do Conselho Consultivo do Movimento da Sociedade pela Paz (MSP), formação organizadora da expedição do país norte-africano.

Fontes oficiais informaram hoje que a cineasta brasileira Iara Lee, que estava em um dos navios da frota, está bem de saúde e recebeu hoje a visita de um enviado da embaixada brasileira em Israel.

Quem recobrou a liberdade após ser interrogada foi Hanin Zoabi, a única deputada israelense que participava da frota e que teve o direito de sair graças a sua imunidade parlamentar.

Logo que saiu Zoabi, palestina com cidadania israelense, convocou uma coletiva na cidade de Nazaré. "Estava claro pelas dimensões da força com que o Exército de Israel abordou o navio que o propósito não era detê-lo, mas causar o maior número de baixas para impedir futuras iniciativas similares", acusou a deputada, que estava a bordo do navio em que ocorreram todas as mortes.

No campo diplomático e após 13 horas de negociações, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu uma investigação imparcial e crível do ataque e condenou de forma vaga os "atos de força" que causaram as vítimas, sem responsabilizar Israel.

Nem israelenses nem palestinos ficaram contentes com a resolução da ONU.

Para o porta-voz da diplomacia israelense, Yigal Palmor, ela é "hipócrita" e "precipitada", enquanto a voz do Governo palestino, Ghassan Khatib, a considera "insuficiente" porque não serve para "evitar que se repitam os fatos" ao não atribuir responsabilidades.

O movimento muçulmano Hamas a qualificou, por sua vez, como "débil e desequilibrada" porque "não corresponde com a gravidade do crime".

O ataque pôs o foco midiático e internacional no bloqueio a que Gaza é submetida há anos por Israel com a cooperação do Cairo.

Hoje, em meio ao clamor popular no mundo árabe e muçulmano, o presidente egípcio, Hosni Mubarak, ordenou a abertura da passagem fronteiriça de Rafah, que une seu país com Gaza, para permitir a entrada de ajuda humanitária.

Agora resta ver o que vai acontecer com os outros dois navios da frota que ficaram para trás por problemas técnicos e se dispõem a chegar em breve à faixa, apesar do precedente sangrento e da advertência israelense de que também lhes cortará a passagem.

EFE
EFE - Agência EFE.
Comentário feito à resposta:


EDMILSON

postado:
01/06/2010 - 19h27

QUER QUEIRA OU NÃO ESTE POVO É ELEITO, AINDA FALTA MUITO TERRITÓRIO A SER RETOMADO POR ISRAEL, QUANDO LHES FALTAR FORÇA DO ALTO VIRÁ O SOCORRO, PARA UM POVO QUE SÓ FALTA CRÊR EM JESUS, QUANDO ISTO OCORRER, TODA HUMANIDADE VERÁ QUEM VERDADEIRAMENTE É ISRAEL. TODOS ESTÃO CEGOS E NÃO ENTENDEM, MAS VERÃO QUEIRAM OU NÃO. O GRANDE EL SHADAY EM AÇÃO A FAVOR DE ISRAEL.
Minha resposta ao comentário:

Julia Requião

postado:
01/06/2010 - 20h17

Edmilson,
Falta só você enxergar, meu querido, que NÃO EXISTE POVO ELEITO. Ora, se somos todos iguais perante Deus ele não segregaria uma raça de ''favoritos'' para chamar de seu. São pessoas como VOCÊ que alimentam esse tipo de barbárie, quando dizem que eles estão no direito de tomar a terra dos outros. Se um índio bater na sua porta, mandando você sair de casa, e ir catar rumo aonde quer que seja, só porque ele morava aqui antes de 1500, você acharia certo? E por que um judeu que saiu de lá há dois mil anos é dono por direito de um território? Ah, quer dizer que o índio não é filho de Deus? Não merece ter uma terra só dele não? As crianças e mulheres palestinas também são pecadoras só porque não são judias? É horrivel admitir isso, mas o holocausto dos anos 40 ajudou e muito a imagem que os judeus querem ter hoje. De povo sofrido, renegado, olha como nós somos pobres coitados, merecemos ter a posse completa da cidade mais sagrada do mundo( nas 3 maiores religiões Jerusalém é tida como cidade sagrada.) . Este argumento que você usa é o mesmo que os católicos usaram durante as cruzadas, quando ''supostamente'' queriam livrar a terra santa da mão dos infiéis, e atravessaram meio mundo para o que nós sabemos hoje puro interesse comercial. Vai dizer então que você, caro Edmilson, nunca percebeu que Israel só foi 'devolvida' ( entre aspas, claro) para os judeus, pela ONU, e apenas porque os EUA queriam? E também não percebeu que para os EUA ter um aliado no meio do Oriente Médio, cheio de petróleo, não seria extremamente interessante? Você realmente acha que foi o fato de eles supostamente serem daquela terra foi mais importante para a criação de Israel do que o dinheiro? O território israelense já foi criado, não há mais volta, não depois de 60 anos. Agora, o necessário é tentar prevenir conflitos, mediar, e principalmente, pelo menos relocar os palestinos, que agora são os sem-pátria da vez ( será que daqui a 2000 anos será necessário que um déspota assassine milhões de palestinos para que eles tenha voz e roubem o território de outra pessoa?), ao invés de ficar dizendo que eles ( Israel ) têm o direito de assassinar pessoas para garantir um país mais novo do que conceitos éticos que, por sinal, eles pregam. Se eles eram os pobres coitados que precisavam de território, que fossem para um outro deserto aí da vida, mas nããão, tem que ser aquele que tem petróleo, e para isso, vamos colocar o nome de Deus no meio para maquiar essa cobiça e falta de vergonha na cara.
Não sou anti-semita, pelo contrário, sou apenas uma mera estudante de 17 anos que não aguenta mais essa hipocrisia. Só acho que esse é um dos argumentos mais furados que eu já vi. E utilizar-se disso, ainda, nos dias globalizados, é no mínimo, acreditar que a opinião pública mundial é estúpida. E pelo seu comentário vejo que é mesmo. Afinal, você ainda não entendeu que o filho de Deus se chama dinheiro? Porque é este que manda, e apenas a ele que obedecem.